Desde que na semana passada o Ministério da Saúde autorizou a redução da idade mínima para realização de cirurgia bariátrica, de 18 para 16 anos, especialistas passaram a questionar a existência ou não de uma idade mínima ideal para o procedimento.
O assunto, inclusive, foi abordado durante a realização do 1º Simpósio de Cirurgia Bariátrica e Doença Metabólica, realizado neste final de semana, no Pestana Bahia Hotel.
De acordo com o cirurgião bariátrico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Erivaldo Alves, se por um lado existe uma necessidade de aprofundar as discussões sobre o assunto para que se possa encontrar um consenso que norteie a atuação dos profissionais de saúde, por outro, há uma realidade preocupante que mostra um crescimento dos quadros de obesidade e síndrome metabólica entre crianças e adolescentes em todo o país.
“A obesidade traz consigo uma gama de problemas que colocam em risco a sobrevivência e a qualidade de vida dos nossos jovens”, pontua o médico.
O médico explica que o problema do excesso de peso em faixas etárias mais jovens, além de impactar na autoestima e no desenvolvimento das relações sociais dessas pessoas, ainda amplia as predisposições para o surgimento de doenças crônicas como diabetes, acidente vascular cerebral (derrame) e hipertensão arterial em pessoas cada vez mais jovens.
Para ele, no entanto, quando um adolescente chega a um quadro onde essas doenças estão presentes, a cirurgia bariátrica pode ser o último recurso para garantir a sobrevivência com saúde.
“No entanto, é importante que médicos e pacientes atentem para a própria orientação do Ministério da Saúde, que reforça que essa opção seja usada apenas quando a reeducação alimentar e outras terapêuticas não derem mais resultado”, completa o médico. De acordo com o médico, em Salvador, 450 mil pessoas estão obesas e, no Brasil, 95 mil pessoas morrem decorrente dos problemas causados pela obesidade.
Monitoramento
A endocrinologista e nutróloga Rafaelle Barros explica que, nas crianças, a obesidade termina acarretando a aceleração do desenvolvimento biológico de um modo em geral, impedindo que a cirurgia bariátrica cause grandes perdas no desenvolvimento global, mas reforça que o procedimento só deve ser adotado pelo adolescente em último caso.
“É fundamental que os pais estejam muito atentos para o ganho excessivo de peso nas crianças, pois se o problema for sanado desde cedo, a necessidade de apelar para cirurgia é praticamente nula”, explica.
Desafio
Com 149 quilos, 16 anos, e uma tendência de permanecer ganhando peso, a estudante Bianca Mattos realizou a cirurgia bariátrica há dois anos. Na época, já havia feito todo tipo de dieta e, mesmo quando perdia peso, sofria com o ganho de peso dobrado em seguida, conhecido como “efeito sanfona”.
Como a lei ainda não havia sido aprovada, a garota conseguiu realizar a cirurgia por decisão judicial e, dois meses depois, já havia conseguido eliminar 20 quilos. “Essa é uma fase muito especial na vida de uma pessoa, é quando você está mais ligada no corpo e preocupada com o que os outros estão pensando”, diz, lembrando que se sentia muito diferente das outras amigas.
Hoje, a jovem conquistou um corpo de 78 quilos para 1,72m de altura. “Minha meta é chegar a 68 ou 70”, pontua, reforçando que a cirurgia apenas não faz milagre. “Não quero voltar ao que era”, diz.
O assunto, inclusive, foi abordado durante a realização do 1º Simpósio de Cirurgia Bariátrica e Doença Metabólica, realizado neste final de semana, no Pestana Bahia Hotel.
De acordo com o cirurgião bariátrico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Erivaldo Alves, se por um lado existe uma necessidade de aprofundar as discussões sobre o assunto para que se possa encontrar um consenso que norteie a atuação dos profissionais de saúde, por outro, há uma realidade preocupante que mostra um crescimento dos quadros de obesidade e síndrome metabólica entre crianças e adolescentes em todo o país.
“A obesidade traz consigo uma gama de problemas que colocam em risco a sobrevivência e a qualidade de vida dos nossos jovens”, pontua o médico.
O médico explica que o problema do excesso de peso em faixas etárias mais jovens, além de impactar na autoestima e no desenvolvimento das relações sociais dessas pessoas, ainda amplia as predisposições para o surgimento de doenças crônicas como diabetes, acidente vascular cerebral (derrame) e hipertensão arterial em pessoas cada vez mais jovens.
Para ele, no entanto, quando um adolescente chega a um quadro onde essas doenças estão presentes, a cirurgia bariátrica pode ser o último recurso para garantir a sobrevivência com saúde.
“No entanto, é importante que médicos e pacientes atentem para a própria orientação do Ministério da Saúde, que reforça que essa opção seja usada apenas quando a reeducação alimentar e outras terapêuticas não derem mais resultado”, completa o médico. De acordo com o médico, em Salvador, 450 mil pessoas estão obesas e, no Brasil, 95 mil pessoas morrem decorrente dos problemas causados pela obesidade.
Monitoramento
A endocrinologista e nutróloga Rafaelle Barros explica que, nas crianças, a obesidade termina acarretando a aceleração do desenvolvimento biológico de um modo em geral, impedindo que a cirurgia bariátrica cause grandes perdas no desenvolvimento global, mas reforça que o procedimento só deve ser adotado pelo adolescente em último caso.
“É fundamental que os pais estejam muito atentos para o ganho excessivo de peso nas crianças, pois se o problema for sanado desde cedo, a necessidade de apelar para cirurgia é praticamente nula”, explica.
Desafio
Com 149 quilos, 16 anos, e uma tendência de permanecer ganhando peso, a estudante Bianca Mattos realizou a cirurgia bariátrica há dois anos. Na época, já havia feito todo tipo de dieta e, mesmo quando perdia peso, sofria com o ganho de peso dobrado em seguida, conhecido como “efeito sanfona”.
Como a lei ainda não havia sido aprovada, a garota conseguiu realizar a cirurgia por decisão judicial e, dois meses depois, já havia conseguido eliminar 20 quilos. “Essa é uma fase muito especial na vida de uma pessoa, é quando você está mais ligada no corpo e preocupada com o que os outros estão pensando”, diz, lembrando que se sentia muito diferente das outras amigas.
Hoje, a jovem conquistou um corpo de 78 quilos para 1,72m de altura. “Minha meta é chegar a 68 ou 70”, pontua, reforçando que a cirurgia apenas não faz milagre. “Não quero voltar ao que era”, diz.
Carmen Vasconcelos
Carmen.vasconcelos@redebahia.com.br
Carmen.vasconcelos@redebahia.com.br
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